As autoridades indianas lançaram recentemente uma importante operação de repressão financeira, congelando uma grande quantidade de criptomoedas, avaliada em milhares de milhões de rúpias, associadas a negociações ilegais de câmbio e criptomoedas. Essa ação decisiva foi iniciada em meio a esforços intensificados para desmantelar redes globais que desviam fundos por meio de empresas de fachada e paraísos fiscais.
Detalhes da apreensão financeira
Em 17 de outubro, a Diretoria de Execução (ED), Escritório Zonal de Mumbai, anunciou sua ação sob a Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PMLA), de 2002, congelando ativos digitais avaliados em cerca de 2.385 crore de rúpias (US$ 271 milhões). Essa medida surge após uma operação envolvendo Pavel Prozorov, detido na Espanha, que é supostamente o mentor dos processos relacionados à OctaFX. Essa plataforma online de negociação forex teria atraído investidores indianos com a promessa de retornos lucrativos, operando sem as devidas autorizações do órgão regulador financeiro da Índia, o Banco Central da Índia (RBI). De acordo com a ED, "a ED iniciou a investigação da PMLA com base em um boletim de ocorrência registrado pela Delegacia de Polícia de Shivaji Nagar, Pune, Maharashtra, contra vários indivíduos por fraudarem investidores, prometendo falsamente altos retornos por meio da plataforma de negociação forex OctaFX". A investigação revelou que a OctaFX arrecadou aproximadamente 2.385 crore de rúpias. A OctaFX captou 1.875 crore de rúpias de investidores indianos entre julho de 2022 e abril de 2023, ostentando um lucro estimado de 800 crore de rúpias. A plataforma se promovia como uma plataforma de negociação inclusiva para diversas commodities e criptomoedas sem aprovação regulatória. Na verdade, a plataforma operava em um esquema semelhante ao de Ponzi, no qual os investidores iniciais recebiam pequenos retornos para ganhar sua confiança.
A mecânica do esquema
Investigadores descobriram que a OctaFX realizou essas transações por meio de métodos complexos. Mais de 5.000 crore de rúpias foram transferidas para o exterior usando redes complexas e entidades offshore. Utilizando o sistema UPI doméstico e transferências bancárias habilmente encaminhadas por meio de empresas de fachada e agregadores de pagamento não autorizados, eles disfarçaram essas transações como pagamentos de software e P&D feitos a empresas internacionais. Parte dos fundos retornou à Índia, disfarçada como investimento estrangeiro direto. Como parte dos procedimentos em andamento, as autoridades apreenderam bens no valor de 2.681 crore de rúpias, incluindo dezenove imóveis e um iate de luxo localizado na Espanha. Após essas descobertas, uma denúncia e uma petição adicional foram apresentadas ao Tribunal Especial sob a Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PMLA). Analistas de mercado discutem que o caso destaca as vulnerabilidades nos sistemas regulatórios que monitoram práticas de negociação não licenciadas, enfatizando a necessidade de regulamentações claras para proteger os sistemas legítimos de câmbio e criptomoedas.
Published: 22. October 2025